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06 de fevereiro 2014

Curiosidades Energéticas

Os mais curiosos tipos de geradores de energia

Cada vez mais o mundo busca novas fontes de energia não-renováveis ou renováveis. Para isso, a cada dia são realizadas mais e mais pesquisas sobre esse tema que, em alguns casos, chegam a ser os mais curiosos possíveis. Durante o mês de fevereiro iremos apresentar 5 tipos de curiosas fontes de energia.

Confira!

5ª – Janelas inteligentes para geração de energia

Cientistas chineses publicaram na revista científica “Nature Scientific Reports” estudo que mostra o desenvolvimento de uma janela inteligente, que consegue economizar e gerar energia ao mesmo tempo, contribuindo para a redução de gastos dos edifícios com a conta de luz.

Atualmente, as janelas deixam que o calor escape dos prédios no inverno e que raios solares indesejáveis entrem no verão. Esse “inconveniente” inspirou uma busca por janelas capazes de se adaptar às condições climáticas do exterior.

De acordo com Yanfeng Gao, da Academia Chinesa de Ciências, as janelas inteligentes atuais se limitam a regular a luz e o calor do sol, deixando escapar grande parte de sua energia potencial.

“A principal inovação deste trabalho é que ele desenvolveu um dispositivo conceitual de janela inteligente para geração e economia de energia simultâneas”, emendou.

Há muito tempo engenheiros quebram a cabeça para incorporar células fotovoltaicas geradoras de energia às vidraças sem afetar sua transparência. A equipe de Gao descobriu que um material denominado óxido de vanádio (VO2) pode ser usado como uma cobertura transparente para regular a radiação infravermelha do sol.

O VO2 altera suas propriedades com base na temperatura. Abaixo de um determinado nível, é isolante e permite a penetração da luz infravermelha, mas com outra temperatura, torna-se reflexivo.

Uma janela na qual o VO2 tenha sido usado regula a quantidade de energia do sol que entra em um prédio, mas também dissipa a luz para células solares que os cientistas dispuseram em volta dos painéis de vidro, usados para gerar energia que pode, por exemplo, acender uma lâmpada.

“Esta janela combina geração e economia de energia em um dispositivo único, e tem potencial para regular e usar a radiação solar de uma forma eficiente”, escreveram os autores do estudo.
Fonte: g1.globo.com 

4ª – Enguias elétricas

Os japoneses decidiram mostrar ao mundo o quanto ainda desperdiçamos nosso potencial de produção de energia limpa. Como? Utilizando a energia gerada por uma enguia para iluminar uma das árvores de Natal do país.

Localizada no Aquário Enoshima, na cidade de Kanagawa, a árvore ficava iluminada 24 horas por dia, graças à energia produzida “involuntariamente” pela enguia. Isso porque, por conta de sua fisiologia, o animal gera cerca de 800 watts a cada movimento que faz dentro de seu tanque.

Normalmente, essa energia seria desperdiçada, mas não no Aquário Enoshima: a equipe do local instalou duas placas de alumínio no interior do tanque do animal que captam a eletricidade produzida pelo peixe e a transferem, a partir de cabos, para o meio externo.

Por enquanto, o receptor escolhido foi a árvore de Natal do local, mas no futuro a energia produzida pela enguia pode ser utilizada, como fonte complementar, para outras funções – como a própria iluminação do Enoshima.
Fonte: Super Interessante

3ª – Energia do lixo

Uma simples visita a Wikipedia informa-nos que Borás é a típica cidade sueca: pacata, tranquila, eficiente e limpa. O que o site enciclopédico não nos diz, porém, é que a cidade de 65 mil habitantes trata biologicamente e transforma a maior parte dos seus resíduos sólidos em energia (biogás).

Esta energia não só abastece a maior parte das casas e estabelecimentos comerciais como é utilizada para fazer andar a frota de 59 autocarros que integram o sistema de transporte público local.

A verdade é que Borás leva esta iniciativa tão a sério que chega a importar lixo, uma vez que a produção própria não é suficiente para abastecer os seus geradores de biogás – um dos mais avançados da Europa.

De acordo com o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohamamd Taherzadeh, a cidade produz três milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos.

“Para atender à procura de energia, analisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador”, explicou o académico.

Este modelo de gestão de resíduos sólidos começou a ser implementado em meados de 1995, tendo ganho um grande impulso em 2002, com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países membros da União Europeia (UE).

Nessa altura, a cidade implementou um sistema de recolha selectiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias, despejando-os em contentores espalhados pela cidade. Aqui não há grande novidade.

A inovação vem quando os resíduos seguem para uma central eléctrica, onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

“Começámos o projecto em escala pequena. Ele pode ser replicado em qualquer região metropolitana do mundo”, conclui Taherzadeh.

Fonte: Grupo Renova

2ª – Bactéria encontrada na atmosfera pode gerar energia

Bacillus stratosphericus é o nome de uma bactéria rara na superfície terrestre, mas comumente encontrada em porções mais altas de nossa atmosfera. Ela se concentra numa altura superior a 32 quilômetros, na região conhecida como estratosfera.

Cientistas da Universidade de Newcastle descobriram que esse microorganismo pode ser o componente principal de um novo tipo de gerador de energia. O estudo foi publicado na revista Journal of Environmental Science and Technology.

O uso de micróbios para gerar energia elétrica não é novo – eles já foram usados em estações de tratamento de água e esgoto. Para isso, os cientistas ligam as bactérias em um biofilme, uma espécie de superfície onde elas ficam grudadas umas as outras.

Esse biofilme cobre elétrodos de carbono, criando um mecanismo chamado de Célula Combustível Microbiana. Conforme as bactérias se alimentam de matéria orgânica, elas produzem elétrons que passam para os eletrodos e geram energia.

Até agora os biofilmes eram produzidos com bactérias aleatórias. Com o estudo da Universidade de Newcastle, é a primeira vez que cientistas manipulam seus componentes para aumentar a produção de energia.

Os cientistas isolaram 75 espécies diferentes de bactérias e testaram a geração de energia de cada uma em separado.

Ao escolher as melhores, eles acabaram criando uma espécie de mistura bacteriana e aumentaram a potência elétrica do biofilme de 105 Watts por metro cúbico para 200 Watts por metro cúbico. Embora ainda seja baixo, será suficiente para acender uma lâmpada elétrica e providenciar energia para locais sem fontes energéticas.

A bactéria que mais se destacou na mistura foi justamente a Bacillus stratosphericus, que foi retirada de um rio britânico, depois de ser trazida à Terra como resultado de processos atmosféricos.

Os cientistas dizem que ficaram surpresos com a descoberta e que pretendem pesquisar outros microrganismos. Afinal de contas, ainda existem bilhões de micróbios por aí para serem analisados.
Fonte: Revista Galileu

1ª – Gerador movido a urina produz 6 horas de energia por litro do resíduo

Possivelmente, um dos produtos mais inesperados da Make Faire África é um gerador de urina criado por quatro meninas. As meninas são Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15).

Gerador movido a urina

Quatro nigerianas com idade entre 14 e 15 anos criaram uma máquina capaz de transformar urina em eletricidade. A invenção foi demonstrada em Lagos, na Nigéria, durante a Maker Faire Africa. O processo se aproveita da ureia, o principal componente da urina depois da água, e é capaz de transformar um litro do resíduo em seis horas de energia.

O sistema funciona ao se colocar urina em uma célula eletrolítica que separa o hidrogênio e o coloca em um filtro de água para purificação. Em seguida, o gás segue para um cilindro, que o puxa para um compartimento com bórax líquido, onde a umidade é removida. O hidrogênio purificado é então enviado ao gerador.

O processo, entretanto, despertou o ceticismo da comunidade científica. O site da Maker Faire Africa não diz quanto de eletricidade é produzido e uma das questões levantadas é que a célula eletrolítica também necessita de eletricidade para funcionar, então tudo o que é produzido pelo gerador poderia ser usado apenas para mantê-lo funcionando.

A eletrólise da uréia também não é novidade. Uma de suas criadoras, a engenheira química Gerardine G. Botte, da Universidade de Ohio, em entrevista à NBC News analisou o gerador e concluiu que ele funciona melhor como forma de melhorar a eficiência dos processos de purificação de águas residuais, diminuindo a necessidade de energia externa.

“Esta é uma maneira única e elegante de tratar restos de urina, que permite que você também gere eletricidade”, explica.

A Maker Faire Africa é uma feira que acontece uma vez por ano. Ela tem como proposta divulgar os trabalhos dos inventores africanos.

FONTE: www.techtudo.com.br