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03 de agosto 2012

Setor Energético Brasileiro é tema no Rio+20

O ano de 2012 é o Energia Sustentável para Todos, segundo a ONU e por isso ficamos de olho no tema “Energia limpa” no Rio+20. O simpósio “Setor Elétrico Brasileiro e Sustentabilidade no Século 21 | Oportunidades e Desafios” reuniu lideranças e especialistas do Brasil e do mundo para discutir desafios e oportunidades estratégicos para o desenvolvimento do setor energético brasileiro no decorrer do século 21 para chegarmos à chamada “economia verde”.  Cerca de 160 pessoas, entre ambientalistas, empresários, políticos, artistas, indígenas e estudantes compareceram ao debate.
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No primeiro painel, o procurador federal no Pará, Felício Pontes, defendeu que “a energia hidrelétrica é cara e suja” e que os orçamentos das hidrelétricas previstas para a Amazônia e o custo médio de R$ 80 por megawatt/hora da energia hidrelétrica no país não incorporam os custos socioambientais desses empreendimentos. “Temos que parar de trabalhar como se esses custos não fossem nada. O setor de energia é a caixa preta do governo federal. Abram a caixa preta do setor elétrico e dividam a responsabilidade conosco para que possamos saber para onde e para quem vai a energia”, pediu.
Segundo o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, a economia brasileira precisaria de mais 70 mil megawatts nos próximos dez anos para continuar crescendo a uma taxa média em torno de 4,5% ao ano. As hidrelétricas responderão por 50% desse total nos planos do governo. Hoje, o Brasil tem 120 mil MW instalados.
O segundo painel discutiu “Alternativas para a geração de energia elétrica no Brasil: políticas públicas, investimentos e estudos de caso internacionais”. “O Brasil tem a energia mais barata do mundo e paga pela mais cara”, criticou Élbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, que afirmou que cerca de 50% da taxa de energia no Brasil é composta de impostos e encargos enquanto às energias convencionais têm subsídios. A energia eólica deve ser responsável por mais de 4% da matriz nacional nos próximos dez anos, segundo os objetivos do governo.
 
Você concorda? O que você espera do desenvolvimento no setor nos próximos anos?
*Com informações do Instituto Socioambiental (ISA)