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19 de março 2020

Coronavírus: como os hospitais podem se estruturar

Aumento de demanda traz a necessidade urgente de cuidados especiais!

Você já deve ter se deparado com dicas para economizar energia no verão, não é?

A pandemia do Coronavírus é o principal assunto nas mídias e veículos de informação e comunicação, o que não poderia ser diferente. Em todo o mundo, estima-se serem pelo menos 250 mil pessoas infectadas, além de mais de 10 mil mortos (em 20 de março de 2020).

No Brasil, o primeiro caso foi confirmado no dia 26 de fevereiro de 2020, enquanto a primeira morte se deu no dia 16 de março de 2020, isso contabilizando os casos que foram diagnosticados. Além disso, infelizmente, a tendência é de que esses números continuem em uma crescente nas próximas semanas.

Em meio ao merecido destaque que isso traz, além dos cuidados básicos que devem ser tomados por todos, os hospitais devem adotar medidas extremas de proteção e cautela, especialmente para tratar o que estiver relacionado ao SARS-CoV-2, o nome deste Coronavírus.

Conheça algumas das medidas que podem ser adotadas por tais estabelecimentos de saúde para ajudar na contenção e no tratamento do vírus.

O que os hospitais podem fazer para suportar a demanda do novo Coronavírus?

Para lidar com uma pandemia de tamanha proporção, não há referências relativamente atuais de algo parecido que já tenha ocorrido na história da humanidade.

Nem mesmo a SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome, ou síndrome respiratória aguda grave), causada pela infecção com o vírus SARS-CoV e que instaurou um surto cuja duração foi de novembro de 2002 a julho de 2003, teve uma dimensão sequer próxima ao que se tem com o novo Coronavírus.

Para fins de comparação, de acordo com o CDC[1]  (Centers for Disease Control and Prevention, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), foram 8.098 casos de infecção pelo SARS-CoV, que resultou em 774 mortes, ou seja, uma taxa de mortalidade de 9,56%.

O Coronavírus de 2019-2020 já teve mais de 250 mil casos confirmados e 10 mil mortes. Por ora, a taxa de mortalidade do SARS-CoV-2 ainda é maior que a de seu antecessor, com algo na faixa de 3,87%, contra 9,56% do surto de SARS em 2002 e 2003.

Já houve outras pandemias de enorme escala, como a de Influenza, em 1918, com aproximadamente 500 milhões de pessoas afetadas (⅓ da população mundial de então) e pelo menos 50 milhões de mortes, também de acordo com o CDC. Porém, a época – e os recursos – eram totalmente diferentes.

Mesmo sem que haja uma referência em que se basear, os hospitais têm várias medidas que devem ser instauradas para que estejam protegidos da melhor maneira possível, como as seguintes:


Desenvolver uma estratégia para maior volume e complexidade de pacientes

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), no censo AMIB 2016[1] , havia 41.741 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no país, sendo 20.523 do Sistema Único de Saúde (SUS) e 21.218 da rede suplementar.

Os números de leitos de UTI podem aumentar no país, vista a movimentação do Ministério da Saúde, que anunciou a disponibilização de mais 2 mil leitos em hospitais do SUS e também do governo de São Paulo, que declarou a criação de mil novos leitos no estado.

Não há como saber quantas pessoas precisarão de cuidados intensivos, bem como o número de potenciais infectados no país, mas são grandes as chances de que ele seja maior que a capacidade do sistema de saúde brasileiro.

A AMIB declarou que 80% dos leitos de UTI da rede privada estão ocupados (16.974), enquanto 95% dos leitos da rede pública também estão (19.497), sobrando, assim, 5.270 leitos. Ao considerar os 3 mil adicionais que comentamos anteriormente, seriam pouco mais de 8 mil leitos.

O número pode parecer grande, mas o fato é que tais leitos não são apenas destinados aos portadores do novo Coronavírus como também de várias outras enfermidades e condições de caráter emergencial. Portanto, os hospitais precisam se preparar.

Uma das possíveis medidas em tal planejamento é o agrupamento de pessoas que tenham o novo Coronavírus, o que limitaria a exposição de seus profissionais de saúde à condição, além de conservar suprimentos.

Outras oportunidades são as seguintes:

  • Transformar quartos individuais em duplos ou triplos;
  • Acelerar a alta dos pacientes, quando possível;
  • Reduzir as taxas de admissão;

Converter espaços, como laboratórios de cateterismo, lobbies, unidades de tratamento pós-operatório e até mesmo salas de espera em locais de tratamento dos pacientes.


Proteger e ajudar os profissionais da área da saúde nas linhas de frente do atendimento

De acordo com as evidências que se tem, o SARS-CoV-2 é propagado principalmente pela transmissão de gotículas e pelo contato direto. Com as devidas precauções, a transmissão nosocomial (que se dá dentro dos hospitais) pode ser mitigada.

Os profissionais da área da saúde devem receber treinamentos para vestir e tirar equipamentos de proteção individual, como máscaras e purificadores de ar, além de adotar medidas básicas de prevenção, como lavar bem as mãos.

Os hospitais também devem monitorar as taxas de uso dos equipamentos para que os recursos sejam usados de maneira consciente, passando até mesmo pelo uso estendido ou eventual reuso de algumas máscaras e outros equipamentos de proteção, de modo que estes não se esgotem.

Definir uma boa estratégia de alocação de recursos

Quando se está diante de uma crise, os recursos devem ser usados de maneira racional, ética e estruturada, de modo que os hospitais possam oferecer o melhor atendimento possível com o que está disponível.

Ao invés de pensar no gerenciamento do espaço como algo de rotina, a mentalidade deve ser voltada à otimização na acomodação dos pacientes, com planos que destaquem quais serviços e procedimentos serão oferecidos e quais não – como a realização de procedimentos eletivos, por exemplo.

É essencial também ter certeza de que os geradores de energia estarão em pleno funcionamento, tanto por se tratar de um hospital quanto pelo fato de que eventuais atendimentos emergenciais podem demorar mais tempo que o normal pelas condições diferenciadas que serão enfrentadas no momento.

Os compressores de ar são outros equipamentos indispensáveis nessa situação, já que o ar comprimido medicinal precisa estar em perfeitas condições para evitar a propagação da doença justamente por um recurso que deveria ser usado para seu combate e tratamento.

Desenvolver uma política transparente, robusta e aberta de comunicação

Por último, mas não menos importante, os hospitais e sistemas de saúde precisam de meios rápidos para transmitir informações em tempos de crise. O ideal é que haja uma equipe responsável por estes processos, tanto para comunicação interna quanto externa.

Todas as plataformas podem e devem ser usadas, como telefones, sites, páginas nas redes sociais e afins. Assim, a informação chegará às pessoas certas e na hora certa, o que também pode otimizar o atendimento.

Estruturação é essencial para lidar com a pandemia do novo Coronavírus

A situação é de calamidade a nível global. Por isso, todo cuidado é pouco para conseguir lidar com o surto do novo Coronavírus, o que é difícil, embora possível.

Do aluguel de Geradores de energia, Compressores Chillers e Rooftops às medidas internas e mudanças nos hospitais, o ideal é que as medidas sejam implantadas com caráter de urgência, inicialmente sem que complexidade e valores sejam impeditivos. Afinal, o foco é a preservação da vida e da saúde humana, o que não tem preço.


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